Hoje, dia 15 de Maio, celebrou-se o 15º Aniversário do Dia Internacional da Família, proclamado em Assembleia Geral das Nações Unidas pela resolução 47/237 de 20 de Setembro de 1993, destacando a importância das famílias como unidades básicas da sociedade.O Dia Internacional da Famíla promove a reflexão e a discussão acerca do conceito de família nas sociedades do mundo inteiro. Este dia serve também para reflectir sobre os problemas económicos, sociais e culturais que afectam as famílias, sem esquecer o problema do descréscimo demográfico que está a afectar as sociedades ocidentais.
Valerá, ou não, a pena pensar nisto?!...
L.P.
2 comentários:
Não podemos nunca deixar de pensar nisso,afinal, pela família tudo fazemos.
Ou não será pela família que prescindimos de algumas das coisas mais importantes da vida?
Pela família tudo sacrifico, inclusivé aquilo que considero dar-me vida. Ora, se é a minha vida que sacrifico em prol da minha família e não só , porque não estamos todos dispostos a fazer algo menos drástico em prol dessa união que todos dizem tão sagrada como a família.
Mas e o que será exactamente a família? Serão os casados? Ou serão os que amam, ainda que não casados? Será o casamento sinónimo de familia? E mais ainda, de família feliz e amada?
Como uma das pessoas mais importantes da minha vida me disse um dia, num passado recente, o conceito de família está a mudar e chegará o dia em que família será uma escolha livre, sem amarras sociais ou juizos de valor, em que os nossos passos serão guiados unicamente por amor (e eu a isto é que considero viver)e poderemos finalmente viver livres, em família, em harmonia, porque assim o queremos diariamente e não porque a isso somos obrigados por compromissos impostos, ainda que outrora aceites.
Quem sabe quando esse dia chegar, os restantes problemas não se resolverão por si? Não custa sonhar, mas também nisto nunca deixar de pensar
...sempre...
Mantenho bem vivo no meu coração uma tarde, um passeio, um primeiro beijo...
São estas pequenas coisas que deveriam dar início a uma família e não, como a sociedade pretende acreditar, o dizer " que lindo casal fazem aqueles dois" ou " que bem que se entendem aqueles dois, como devem ser felizes aquelas crianças com pais que se dão assim tão bem...", pois, enquanto as minhas lembranças envolvem sentimentos puros e reais, (e ainda hoje me fazem arrepiar) os comentários da sociedade retratam apenas uma ilusão, uma falsa realidade criada em tempos por interesses que em nada envolvem o amor...
Hoje, alguns anos volvidos, tenho a convicção (que defenderei até morrer) que deveria ter seguido e lutado por aquele caminho daquela tarde, do passeio junto a uma terra rural, do primeiro beijo que ainda hoje me aquece o coração e anima quando necessito e não a escolha do personagem que melhor figuraria nas fotos... de uma vida, que afinal, sei-o hoje, nunca chegou a ser vivida!
Mais uma vez, por isso, pela minha família (mas família real, pela qual nutro verdadeiros sentimentos de amor e não apenas as pessoas às quais me encontro de alguma forma vinculada), não irei desistir, irei viver intensamente até que me seja permitido e desta forma sinto que estarei realmente a defender a "minha" família, não a família socialmente aceite, mas a família que vive no meu coração...
E se assim o fizer, quando morrer poderei finalmente dizer que vivi e mais importante ainda... que amei...
...Sempre...
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